Israel e seus vencedores do Prêmio Nobel

Um dos maiores méritos a um país é ver um de seus cidadões receber um Nobel, certificado de que a pessoa fez a diferença para o mundo em tópicos relevantes nas áreas de Literatura, Economia, Física, Química ou Medicina. Infelizmente, o Brasil não tem nenhum ganhador até hoje. E Israel? Como a população deste pequeno país têm ajudado o mundo?

Peter Medawar, Nobel de Medicina de 1960, nasceu no Brasil, mas cresceu na Inglaterra. Sua nacionalidade foi caçada no ano de 1933.

Por muitos motivos, o que ocorre em Israel é o oposto do que se vê no Brasil. Em 75 anos de história, o país já tem 13 laureados. São poucos países no mundo que possuem desempenho similar.  A proporção é de 1.4 premiados a cada 1 milhão de habitantes. Apenas outros 11 países têm um resultado melhor, sendo nove da Europa. Ou seja, Israel, este pequeno país com pouco mais de nove milhões de habitantes, está numa posição melhor que países como Ìndia, China, Alemanha, França e EUA. Para poucos, não?

Por certo, estes resultados não ocorrem por obra do destino. Israel é um país conhecido por sua qualidade no ensino e pesquisa. Dessa forma, os resultados são vistos de diferentes formas, como em quantidade de prêmios Nobel, por exemplo. Além disso, Israel é o 3º país no mundo em quantidade de pessoas que possuem 3º grau, atrás apenas do Canada e Japão«1».

Os vencedores do Prêmio Nobel em Israel

Conheça os premiados, conforme a lista abaixo:


Shmuel (Shay) Yosef Agnon

Um dos principais escritores Israelense. Nascido na Ucrânia, migrou para Israel aos 20 anos. Dono de uma narrativa única, ganhou seu prêmio, principalmente, por suas histórias contendo motivos da vida judaica. Sua principal obra, publicada em 31, Contos de Amor, pode ser encontrada em português.


Menachem Begin

Begin, Premier israelense em 78, foi laureado pelo prêmio junto ao Premier egípcio Anwar Sadat pelos acordos de paz assinados naquele ano. Antes de entrar na política, Begin fazia parte de um grupo do Irgun e lutava contra os Britânicos pela independência de Israel. Ele nasceu Brest, hoje Belaurus, e imigrou a Israel aos 28 anos.


Shimon Peres e Yitzhak Rabin

Yitzhak Rabin e Shimon Peres, Premier e Presidente israelenses, receberam, junto a Yasser Arafat, então lider da ANP, o prêmio pelos esforços pela paz. O prêmio veio após a assinatura, em 93, dos Acordos de Oslo. Peres nasceu na Polônia e chegou em Israel com 12 anos. Dessa forma, Rabin o primeiro israelense nato a receber o prêmio.


Daniel Kahneman

Prof Daniel recebeu seu prêmio por causa sua contribuição em agregar a economia os conhecimentos da psicologia.


Aaron Ciechanover e Avram Hershko

Esta dupla de cientistas israelenses foi premiada por conta de sua pesquisa sobre a relação entre as células saudáveis e cancerígenas. Sendo assim, suas contribuições ajudam muito nos tratamentos do câncer nos dias de hoje. Prof Hershko nasceu na Hungria e imigrou a Israel aos 17 anos, 2 anos após o Holocausto.


Robert Aumann

Judeu religioso, Prof Robert foi outro que chegou a Israel por conta da 2ª Guerra Mundial. Ele fugiu da Alemanha, em 38, aos EUA e, depois, veio a Israel, já com 26 anos. Ele recebeu seu prêmio por conta de suas contribuições à Teoria dos Jogos.


Ada Yonath

Ada, a única mulher israelense a receber o prêmio, foi laureada por seu trabalho sobre estrutura e função do ribossomo.


Dan Shechtman

Foi a descoberta do quasicristal que rendeu a Dan sua premiação. Só não me perguntem o que seja isso.


Michael Levitt e Arieh Warshel

Laureados em química, eles foram premiados por conta de sua pesquisa para o desenvolvimento de modelos multiescala para sistemas químicos complexos. Novamente, vou ficar devendo alguma explicação mais profunda sobre este tema. Levitt, nativo da África do Sul, emigrou para Israel com 33 anos.


Joshua Angrist

Junto com outros dois pesquisadores, Joshua recebeu o prêmio por suas contribuições metodológicas para a análise de relações causais.

Diversidade e incentivo à educação

Assim, aprendemos um pouco mais sobre a ajuda israelense à ciencia no mundo. Mas, é válido prestar atenção a um detalhe entre esses premiados. Metade deles imigrou para israel, ou seja, não são nativos do país. Decerto, a influência multicultural oriunda dessa mistura de nacionalidades, em conjunto com o grande incentivo à educação, tornam este país um polo científico e tecnológico. O intercâmbio cultural, certamente, foi um dos principais fatores que colocaram e deixam Israel no patamar que se encontra hoje.

Ilan Administrator
Guia de Turismo

Em Israel desde 2018, é nativo do Rio de Janeiro. Guia de turismo formado, tenho formação em Biologia e Marketing. Apaixonado por Israel e pela Natureza

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